
Conheça todas as
DOENÇAS que nossas
VACINAS podem prevenir
O que previne:
Tuberculose – principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).
Do que é feita:
É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. Completam sua composição o glutamato de sódio e a solução fisiológica (soro a 0,9%).
Indicação:
A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade.
Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra).
Contraindicação:
• Pessoas imunodeprimidas e recém-nascidos de mães que usaram medicamentos que possam causar imunodepressão do feto durante a gestação.
• Prematuros, até que atinjam 2 kg de peso.
Esquema de doses:
Dose única.
Local de aplicação:
Intradérmica.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.
Na maioria das vezes, haverá uma reação no local da aplicação com posterior formação de cicatriz. É importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina.
A revacinação de crianças que não desenvolveram cicatriz deixou de ser recomendada pelo Ministério da Saúde em fevereiro de 2019.
Efeitos e eventos adversos:
A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica, com até 1 cm de diâmetro, no local em que foi aplicada – como rotina, no braço direito.
Essa reação é esperada! A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), podendo se prolongar por até seis meses (24 semanas), e começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando.
Eventos adversos possíveis: úlceras com mais de 1 cm ou que demoram muito a cicatrizar; gânglios ou abscessos na pele e nas axilas; disseminação do bacilo da vacina pelo corpo, causando lesões em diferentes órgãos.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), os gânglios surgem em cerca de 10% dos vacinados.
Qualquer que seja o evento, o serviço de vacinação deve notificá-lo ao órgão de vigilância em Saúde e encaminhar o paciente ao posto de saúde para acompanhamento e tratamento adequados.
Onde pode ser encontrada:
Nas Unidades Básicas de Saúde e nos serviços privados de vacinação.
O que previnem Atualmente, existem duas vacinas contra a dengue no Brasil. Ambas são atenuadas e previnem a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Nos ensaios clínicos, as duas vacinas apresentaram eficácia variável, de acordo com o sorotipo viral, idade do vacinado e status sorológico no início do esquema vacinal. Em indivíduos soropositivos antes da vacinação, a eficácia foi mais elevada, considerando tanto pessoas soronegativas como soropositivas antes da vacinação, são as seguintes:
• Dengvaxia® (Sanofi) - até 25 meses após a terceira dose: cerca de 65% de eficácia para doença sintomática; 79% para dengue grave; 93% para dengue hemorrágica e mais de 80% para internação.
• QDenga® (Takeda) – até 54 meses após a segunda dose: cerca de 63% de eficácia para doença sintomática de qualquer gravidade e 85% para internação.
Do que são feitas
As duas vacinas utilizam a tecnologia de DNA recombinante, em que genes dos diferentes sorotipos do vírus da dengue são inseridos na estrutura genética de um vírus atenuado. A diferença entre as vacinas está no vírus atenuado utilizado como estrutura genética de “base”: a Dengvaxia usa o vírus vacinal da febre amarela, e a QDenga® usa o próprio DENV-2 atenuado.
Além dos vírus atenuados, as vacinas têm nas suas composições:
• Dengvaxia®: aminoácidos essenciais (incluindo fenilalanina), aminoácidos não essenciais, cloridrato de arginina, sacarose, trealose di-hidratada, sorbitol, trometamol e ureia. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Não contém adjuvantes e conservantes;
• QDenga®: trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, cloreto de potássio e cloreto de sódio. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injetáveis. Sem adjuvantes e conservantes.
Indicação
Dengvaxia®: crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A vacina é recomendada somente para pessoas previamente infectadas por um dos vírus da dengue (soropositivos).
QDenga®: crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue.
Contraindicações
• Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
• Gestantes;
• Mulheres amamentando;
• Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras;
• Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomática, quando acompanhado por evidência de função imunológica comprometida.
Importante: A Dengvaxia® também é contraindicada para pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos).
Esquema de doses
Dengvaxia®: três doses, com intervalo de seis meses.
QDenga®: duas doses, com intervalo de três meses.
Via de aplicação
Subcutânea.
Cuidados antes, durante e após a vacinação
• Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda de intensidade moderada a grave;
• A vacinação de pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS deve ser avaliada pelo(a) médico(a), que pode prescrever a vacina se não houver comprometimento do sistema imunológico;
• Em pacientes que receberam imunossupressores e/ou doses elevadas de corticosteroides sistêmicos por duas semanas ou mais, é preciso adiar a vacinação até a função imunológica estar restaurada, de acordo com a avaliação do médico assistente;
• A vacinação de pessoas com enfermidades que cursam com imunocomprometimento deve ser avaliada pelo médico assistente;
• Mulheres em idade fértil devem evitar engravidar por quatro semanas após vacinação.
• Verificar histórico prévio de adoecimento por dengue, já que a Dengvaxia® é contraindicada para pessoas que não infectadas previamente (soronegativas), pois há risco aumentado de hospitalização e dengue com sinal de alarme nesses indivíduos se adoecerem após vacinação.
Efeitos e eventos adversos
• Reações adversas mais relatadas: dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia.
Geralmente são de gravidade leve a moderada, de curta duração (até três dias), tipicamente observadas em até três dias após a vacinação e mais frequentes após a primeira dose. Em decorrência de viremia pelo vírus vacinal, pode ser observada febre de início tardio (até 30 dias após vacinação).
• Outras reações adversas possíveis: vermelhidão inchaço, hematoma e coceira no local da injeção, artralgia, fraqueza, febre, surgimento de gânglios (linfoadenopatia), náuseas e erupção cutânea.
• Eventos graves são extremamente raros.
Onde podem ser encontradas
Nos serviços privados de vacinação.
O que previne:
Difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), vírus da poliomielite inativados (mortos) tipos 1, 2 e 3, sal de alumínio como adjuvante, 2-fenoxietanol, polissorbato 80, cloreto de sódio e água para injeção.
Pode conter ainda traços de formaldeído, neomicina e polimixina B usados no processo de fabricação.
Indicações:
• Para crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, adolescentes e adultos, para os reforços de seus esquemas de vacinação.
• Pode substituir as formulações infantis da vacina tríplice bacteriana (DTPae suas combinações) no reforço de 4 a 5 anos de idade.
• Para adolescentes e adultos, pode substituir a vacina dTpa e é a alternativa para viajantes com destinos às áreas de risco para poliomielite.
• Para gestantes, pode substituir a dTpa na indisponibilidade desta vacina ou quando se trata de gestante viajante para área de risco para a poliomielite.
Contraindicação:
Pessoas que apresentaram anafilaxia após uso de componentes da vacina ou dose anterior.
Esquema de doses:
Pode substituir qualquer dose de dTpa. Em caso de viagens a locais de risco para a poliomielite, pode ser aplicada mesmo em pessoas que estejam em dia com a dTpa.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
• Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
• Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Em crianças, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: sonolência e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço). Entre 1% e 10% dos vacinados podem apresentar perda de apetite, irritabilidade, dor de cabeça e febre acima de 37,5ºC. Entre 0,1% a 1%: aumento dos gânglios, sono inquieto, apatia, garganta seca, diarreia, vômito, dor abdominal, náusea e cansaço.
• Em adolescentes e adultos, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e cansaço. Entre 1% a 10% dos vacinados: distúrbios gastrintestinais, febre acima de 37,5ºC, hematoma no local da aplicação. Entre 0,1% e 1% dos vacinados ocorrem: aumento dos gânglios, diminuição do apetite, sensação de formigamento, sonolência, tontura, coceira, dor muscular, dor nas articulações, febre acima de 39ºC, calafrios.
Onde pode ser encontrada:
Nos serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
O que previne:
Difteria, tétano e coqueluche.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio e água para injeção.
A quantidade de toxoide diftérico e de componentes pertussis é menor que navacina infantil (DTPa).
Indicações:
• Para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
• Gestantes.
• Todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo com bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da Saúde.
Contraindicação:
Pessoas que apresentaram anafilaxia ou sintomas neurológicos causados por algum componente da vacina ou após a administração de dose anterior.
Esquema de doses:
• Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
• Recomendada para o reforço na adolescência.
• Recomendada para os reforços em adultos e idosos.
• Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoidetetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
• As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação, a partir da 20ª semana de gestação. Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto, o mais precocemente possível (de preferência ainda na maternidade).
• Para crianças com mais de 3 anos, adolescentes e adultos não vacinados, com histórico vacinal desconhecido ou esquema básico contra o tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de uma ou duas outras doses da dT (dependendo de quantas faltam para completar o esquema de três doses contra o tétano). A vacina dTpa pode substituir a vacina dT.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
• Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
• Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Em crianças com até 9 anos podem ocorrer: irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e fadiga em mais de 10% dos vacinados. Até 10% podem manifestar falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. Distúrbios da atenção, irritação nos olhos e erupção na pele são incomuns – acometem apenas 0,1% a 1% dos vacinados.
• Mais de 10% das crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos experimentam dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. Em até 10% acontecem tontura, náusea, distúrbios gastrintestinais, febre, nódulo ou abscesso estéril (sem infecção) no local da aplicação. São incomuns (entre 0,1% e 1% dos vacinados) sintomas respiratórios, faringite, aumento dos gânglios linfáticos, síncope (desmaio), tosse, diarreia, vômito, transpiração aumentada, coceira, erupção na pele, dor articular e muscular e febre acima de 39ºC.
• A anafilaxia ocorre com menos de 0,01% das pessoas; inchaço generalizado, convulsões, urticária e fraqueza muscular com 0,01% a 0,1% dos vacinados.
• A experiência com o uso da vacina sugere que há um pequeno aumento do risco de eventos adversos locais com a vacinação em doses repetidas e próximas (esquema de três doses em seis meses) em adultos com mais de 40 anos, bem como na dose de reforço das crianças (a partir de 10 anos de idade).
Onde pode ser encontrada:
• Nos serviços privados de vacinação.
• Nas Unidades Básicas de Saúde para gestantes a partir da 20ª semana de gestação, puérperas até 45 dias após o parto e profissionais da Saúde que atuam em maternidades e serviços de atendimento a recém-nascidos.
O que previne:
Do que é feita:
No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pelos serviços privados de vacinação e eventualmente pela rede pública. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção.
Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.
As duas têm perfis de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos.
É importante ressaltar que os estudos para o uso de doses fracionadas, recomendado apenas durante campanhas do Ministério da Saúde, em localidades e períodos bem definidos, foram realizados apenas com a vacina de Bio-Manguinhos. Não há, portanto, autorização para a administração de doses fracionadas da vacina da Sanofi Pasteur.
Indicação:
Pessoas a partir de 9 meses de idade.
Contraindicações:
• Crianças abaixo de 6 meses de idade.
• Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exame de laboratório.
• Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação.
• Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina.
• Gestantes, salvo em situações de alto risco de infecção, o que deve ser avaliado pelo médico;
• Mulheres amamentando bebês com até 6 meses. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. Procure o pediatra para mais orientações.
• Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
• Pacientes com câncer.
• Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).
• Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
• Em princípio há contraindicação para gestantes, mas a administração deve ser analisada de acordo com o grau de risco, por exemplo, na vigência de surtos crianças abaixo de 6 meses de idade.
Grupos com precaução para vacinação:
Em situações de aumento das chances de infecção pelo vírus selvagem da febre amarela, a vacinação pode ser recomendada para pessoas com algumas condições clínicas que inicialmente seriam consideradas contraindicação. Cabe a(o) médico(a) avaliar a relação risco-benefício.
• Indivíduos a partir de 60 anos não previamente vacinados: embora raro, está descrito risco aumentado de eventos adversos graves naprimovacinação nesta faixa etária;
• Pessoas vivendo com HIV/Aids, assintomáticas e que apresentem o LT-CD4 ≥ 350 células/mm3. Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independentemente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável;
• Pessoas após término de tratamento com quimioterapia (venosa ou oral) e sem previsão de novo ciclo: administrar a vacina após três meses do término da quimioterapia;
• Pessoas que fizeram uso de medicamento anticélulas B e Fludarabina: aguardar seis meses de intervalo;
• Pessoas submetidas a transplante de células tronco hematopoiéticas: administrar a vacina a partir de 24 meses após o transplante se não houver doença do enxerto versus hospedeiro e/ou recaída da doença de base e/ou uso de imunossupressor;
• Síndrome Mieloproliferativa Crônica: administrar a vacina se padrão laboratorial for estável e com neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;
• Síndrome Linfoproliferativa: administrar a vacina três meses após o término da quimioterapia (exceto no caso de uso de medicamento anti-células B, quando o intervalo deve ser de seis meses);
• A administração da vacina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou outras doenças autoimunes deve ser avaliada com cuidado, pois pode haver imunossupressão nesses pacientes.
• Doenças hematológicas:
o Hemofilia e doenças hemorrágicas hereditárias: administrar a vacina conforme orientação do Calendário Nacional de Vacinação. Recomenda-se o uso de compressas frias antes e depois da aplicação da vacina;
o Doença Falciforme: sem uso de hidroxiureia: administrar a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação; em uso de hidroxiureia: administrar a vacina somente se contagem de neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;
Esquema de doses:
Rotina
• Crianças até 4 anos: duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos;
• A partir de 5 anos: O PNI disponibiliza dose única. A SBIm, no entanto, recomenda duas doses, com intervalo de 10 anos, pois há dados que demonstram perda de proteção com o tempo (falha secundária);
• No PNI, pessoas a partir de 5 anos de idade que receberam uma dose da vacina antes de completarem 5 anos de idade devem receber uma segunda dose, independentemente da idade em que procurarem o serviço de vacinação, respeitando intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
Observação: A dose fracionada da vacina febre amarela, utilizada pelo Ministério da Saúde para conter o surto de grandes proporções que atingiu o Brasil em 2018, é considerada válida para fins de esquema (de uma ou duas doses), mas não é aceita para a emissão do CIVP. Pessoas que precisam se deslocar para países que exigem o documento, precisam ter recebido pelo menos uma vacina com dosagem plena, no mínimo 10 dias antes da viagem.
Exigência de vacinação para viajantes
Como o Brasil é considerado endêmico para a febre amarela, alguns país só permitem a entrada de viajantes brasileiros que apresentem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) com registro de dose aplicada no mínimo 10 dias da viagem. A dose fracionada não é válida para esse fim.
Para obter o documento é necessário procurar os serviços públicos ou privados habilitados ou acessar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para emissão online. Mais informações em https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-o-certificado-internacional-de-vacinacao-e-profilaxia ou por meio do telefone 0800-642-9782.
Quando há contraindição para a vacinação, o médico(a) poderá emitir o certificado de isenção da vacinação contra febre amarela com a justificativa da isenção. Para informações sobre como obter este certificado, acesse https://civnet.anvisa.gov.br/app/viajante/login?wicket-crypt=CMd8D9wZbAY
Via de aplicação:
Subcutânea.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre recomenda-se adiar a vacinação até a melhora.
• Para crianças até 2 anos de idade, não aplicar simultaneamente com a vacina tríplice viral e aguardar intervalo mínimo de 30 dias entre as duas vacinas.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Todo e qualquer evento adverso grave e/ou inesperado deve ser notificado às autoridades de Saúde.
Efeitos e eventos adversos:
• Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses.
• Manifestações locais como dor na área de aplicação ocorrem em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas. A dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada.
• Reações alérgicas como erupções na pele, urticária e asma acontecem com frequência de um caso para 130 mil a 250 mil vacinados.
• Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados.
• Entre 1999 e 2009, ocorreu anafilaxia na proporção de 0,023 caso para cem mil doses aplicadas.
• Entre 2007 e 2012, aconteceram 116 casos (0,2 caso em cem mil vacinados) de doença neurológica, principalmente quando se tratava de primeira dose e em idosos.
Onde pode ser encontrada:
Nos serviços privados de vacinação credenciadas junto à Anvisa e nas Unidades Básicas de Saúde.
O que previne:
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.
Nos serviços privados de vacinação estão disponíveis as apresentações pediátrica (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos.
Indicação:
Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.
Contraindicação:
Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.
Esquema de doses:
• Duas doses com intervalo de seis meses.
• As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.
• O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 2017, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar 5 anos de idade.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
• Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Em 10% dos vacinados ocorrem: irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação.
• Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.
• Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular.
• Em 0,01% a 0,1% houve diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios.
Onde pode ser encontrada:
• Nos serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos.
• Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
O que previne:
Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta do vírus inativado (morto) da hepatite A e da proteína de superfície do vírus da hepatite B. Também possui em sua composição: sais de alumínio, formaldeído, sulfato de neomicina, fenoxietanol, polissorbato 20, cloreto de sódio e água para injeção.
Indicação:
• Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.
• É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.
Contraindicação:
• Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.
• Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da hepatite B.
Esquemas de doses:
• Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de seis meses.
• Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.
• Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina hepatite B ou esquema de quatro doses devem receber complementação com a vacina hepatite B.
Via de aplicação:
Intramuscular profunda.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
Reações no local da aplicação, como vermelhidão e inchaço por mais de 24 horas e dor intensa foram relatados por 1,5% dos vacinados. Eventos gerais como febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito ocorrem com 0,3% a 10% dos vacinados. Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.
Onde pode ser encontrada:
Nos serviços privados de vacinação.
O que previne:
Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta por proteína de superfície do vírus da hepatite B purificado, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio.
A rede pública utiliza a apresentação multidose (mais de uma dose por frasco), que contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.
Indicação:
Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.
Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.
Contraindicação:
Não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior. Ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.
Esquema de doses:
• A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento, em formulação isolada, e aos 2 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalenteacelular. Aos 4 meses é recomendada a vacina penta acelular, que não contém o antígeno hepatite B em sua formulação.
• Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais que 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação; endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.
• Em relação às manifestações gerais, de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal acometem de 1% a 20%.
• A ocorrência de púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro, registrado em menos de 0,01% dos vacinados, e até hoje não foi bem estabelecido se esses poucos casos estão de fato relacionados à vacina ou se foi apenas coincidência. Nestes casos, as manchas roxas ou avermelhadas na pele e a diminuição da contagem de plaquetas que caracterizam a doença surgiram poucos dias a até dois meses depois da vacinação.
• Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo mais rara ainda em crianças.
• Tais eventos adversos estão relacionados à vacina hepatite B isolada. Aqueles associados às vacinas combinadas com componente hepatite B podem ser encontrados nos tópicos que tratam de cada uma especificamente: DTPa-VIP-HB/Hib e DTPw-HB/Hib e vacina combinada hepatite A e B.
Onde pode ser encontrada:
• Na rede pública, para todas as pessoas. Pode ser usada a vacina hepatite B isolada ou, para as doses dos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada a outras vacinas (vacina pentavalenteBR).
• Nos serviços privados de vacinação é encontrada em apresentação isolada para todas as idades; em apresentação combinada hexavalente.para menores de 7 anos; e na apresentação combinada com a vacina hepatite A (vacina hepatite A e B) para crianças maiores de 1 ano, adolescentes e adultos.
O que previne:
O herpes zóster e suas complicações, especialmente a neuralgia pós-herpética (NPH).
Do que é feita:
É composta pela glicoproteína E recombinante da superfície do vírus varicela-zóster em combinação com o adjuvante AS01. Tem como excipientes sacarose, polisorbato 80, fosfato de sódio monobásico di-hidratado e fosfato de potássio dibásico, e água para injetáveis.
Indicação:
Indivíduos a partir de 50 anos de idade e imunocomprometidos ou pessoas com risco aumentado para herpes-zóster a partir de 18 anos.
Contraindicação:
Histórico de hipersensibilidade grave a componentes da fórmula ou a dose anterior da vacina.
Esquema de doses:
Duas doses, com intervalo de dois meses.
Local de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
Algumas precauções devem ser adotadas na vacinação de imunocomprometidos a partir de 18 anos:
• Transplantados de medula óssea: iniciar o esquema de seis a 12 meses após o transplante;
• Receptores de transplantes de órgãos sólidos: vacinar preferencialmente antes do transplante, podendo ser adotado o intervalo mínimo de quatro semanas entre as doses. Se não for possível, aguardar de seis a 12 meses após o transplante, de preferência após redução na dose de drogas imunossupressoras e na ausência de doença do enxerto contra hospedeiro (rejeição);
• Pacientes com câncer: vacinar preferencialmente antes do início da quimioterapia, tratamento com imunossupressores, radioterapia ou esplenectomia. Se inviável, avaliar melhor momento, quando a imunossupressão mais intensa tiver cessado;
• Pacientes em uso de anticorpos monoclonais (anticélulas B, como rituximab, por exemplo): iniciar esquema pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do anticorpo;
• Pacientes vivendo com HIV/Aids: pacientes em pior estado imunológico e HIV devem ser vacinados, ainda que a resposta seja pior. Cabe ao médico avaliar o momento mais oportuno para a vacinação;
• Pacientes com doenças autoimunes: preferencialmente, administrar a vacina antes de iniciar imunossupressão mais agressiva.
Observações:
• Não há experiência de uso em gestantes e lactantes, portanto, a vacinação não está recomendada como rotina para esses grupos. Entretanto, uma vez que a vacina é inativada, não há risco teórico para a mulher ou seus bebês.
• Estudos demonstraram segurança e ausência de interferência na resposta vacinal na aplicação simultânea com as vacinas influenza, pneumocócicas e tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa).
• Pessoas em uso de antivirais como aciclovir, famciclovir ou valaciclovirpodem receber a vacina durante o tratamento.
• Não há recomendação de intervalo específico para vacinação de pessoas que tiveram episódio agudo de herpes-zóster. A SBIm sugere intervalo de seis meses, mas o período pode ser encurtado para evitar perda de oportunidade de vacinação.
• A eficácia da vacina inativada é superior à da vacina atenuada. Pessoas que já receberam a vacina atenuada podem receber a inativada caso desejem aumentar a proteção, desde que aguardem dois meses após a última dose da atenuada. É importante ressaltar, no entanto, que o benefício só será alcançado com duas doses da vacina inativada. A vacinação prévia com a vacina atenuada não deverá ser considerada como primeira dose do esquema.
Efeitos e eventos adversos:
De acordo com os ensaios pré-licenciamento, os eventos adversos mais frequentes foram dor no local da injeção (68,1% dos vacinados); mialgia (em 32,9%); fadiga (3,0%); cefaleia (26,3%). A maioria teve intensidade leve a moderada e melhorou em até dois ou três dias. As reações relatadas como severas duraram de um a dois dias.
O perfil de segurança em imunocomprometidos a partir de 18 anos foi semelhante ao observado em adultos a partir de 50 anos sem imunocomprometimento. Os dados de segurança em adultos entre 18 e 49 anos com risco aumentado para herpes-zóster, mas sem imunodepressão (diabéticos, por exemplo) ainda são limitados.
Onde pode ser encontrada:
Nos serviços privados de vacinação.
Vacina sêxtupla acelular (DTPa-VIP-HB/Hib) — também conhecida como “hexa”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
O que previne:
• DTPa-VIP-HB/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilusinfluenzae tipo b, poliomielite e hepatite B.
Do que é feita:
Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, não têm como causar doença.
DTPa-VIP-HB/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado, vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3 e componente da superfície do vírus da hepatite B. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.
Indicação:
Essa vacina é recomendada para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.
Contraindicações:
• Maiores de 7 anos.
• Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
• Anafilaxia a qualquer componente da vacina.
Esquema de doses:
Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2 meses e 6 meses. 4 meses é feito a pentavalente acelular). Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de Dtpa+pólio.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
• Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).
• Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.
Onde podem ser encontradas:
Serviços privados de vacinação.
Vacina quíntupla acelular (DTPa-VIP/Hib) — também conhecida como “penta”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib).
O que previne:
• DTPa-VIP/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilusinfluenzae tipo b e poliomielite.
Do que é feita:
Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, não têm como causar doença.
DTPa-VIP/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado e vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.
Indicação:
Essa vacina é recomendada para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 5 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.
Contraindicações:
• Maiores de 5 anos.
• Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
• Anafilaxia a qualquer componente da vacina.
Esquema de doses:
Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e 15 meses). Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de Dtpa+polio
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
• Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).
• Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.
Onde podem ser encontradas:
Serviços privados de vacinação.
O que previne:
Doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, principalmente meningite.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta de pó liofilizado com polissacarídeo da cápsula da bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib) conjugado com toxoide tetânico, lactose, cloreto de sódio, água para injeção. As apresentações multidose contêm fenol. Na vacina disponível na rede pública há timerosal (derivado do mercúrio).
Pode ser encontrada isolada ou combinada com a vacina tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa).
Indicação:
• Crianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.
• Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por Hib: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras.
Contraindicação:
Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.
Esquemas de doses:
• O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa.
• Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos não vacinados e com doenças que aumentem o risco da doença: duas doses com intervalo de dois meses.
Via de aplicação:
Subcutânea ou intramuscular (nunca pelas vias intravascular ou intradérmica).
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Pode ocorrer dor no local da aplicação em 3% a 29% dos vacinados; e inchaço, endurecimento e vermelhidão em 0,2% a 17% deles.
• Em relação às manifestações gerais, a febre nas primeiras 24 horas após a vacinação é relatada por 1% a 6% dos vacinados; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal leve podem aparecer em 1% a 20% dos vacinados.
• Um a cada 600 mil vacinados apresenta alergia a algum componente da vacina, sobretudo ao timerosal (derivado do mercúrio), sendo mais raro em crianças e adolescentes.
Onde pode ser encontrada:
• Nos serviços privados de vacinação, é encontrada nas vacinas penta (tríplice bacteriana acelular, poliomielite inativada (VIP) e Hib – DTPa-VIP/Hib) e 6 (tríplice bacteriana acelular, poliomielite inativada, Hib e hepatite B – DTPa-VIP-HB/Hib) e também na apresentação isolada.
• Nos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE), para pessoas com algumas condições clínicas específicas de risco para a doença ou para complementação de esquemas vacinais, na apresentação isolada.
O que previne:
Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6,11,16,18, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção.
Indicação e Esquema de doses:
Após as mudanças, a vacina HPV4 — única disponível na rede pública até o momento — passa a ser oferecida pelo PNI da seguinte forma:
• Meninas e meninos de 9 a 14 anos: uma dose, nas Unidade Básicas de Saúde (UBS);
• Adolescentes de 15 a 19 anos nunca vacinados*: uma dose, nas UBS;
• Imunocomprometidos: três doses (0-2-6 meses) para pessoas de 9 a 45 anos, nos CRIE. Mais informações no Manual dos CRIE;
• Pessoas de 9 a 45 anos vítimas de abuso sexual, não vacinadas ou incompletamente vacinadas: esquema previsto em bula para a faixa etária (duas doses de 9 a 14 anos ou três doses de 15 a 45 anos). A vacinação pode ser feita em unidades que atendem vítimas de abuso ou nas UBS, com encaminhamento;
• Papilomatose respiratória recorrente (PRR): em esquema de doses e faixas etárias a serem definidas oportunamente pelo PNI, nos CRIE.
*Estratégia temporária de resgate para os que perderam oportunidade na idade recomendada.
Contraindicação:
Gestantes e pessoas que apresentaram anafilaxia após receber uma dose da vacina ou a algum de seus componentes.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Antes da vacinação, é preciso questionar a mulher sobre a possibilidade de gravidez. Contudo, se a vacina for aplicada sem que se saiba da gravidez, nenhuma intervenção se faz necessária.
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
Na Inglaterra, após dois anos de incorporação da vacina no calendário do governo, e da administração de 4,5 milhões de doses, somaram-se 4.703 eventos adversos. Desse total, 17% foram manifestações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço); 11%, manifestações alérgicas (urticária e prurido); e 37%, manifestações gerais como náuseas, vômitos e dor de cabeça. Foram registradas ainda reações psicogênicas (21%) descritas como pânico e desmaios causados pelo medo da injeção e não pela vacina – principalmente em adolescentes e mulheres jovens. Não ocorreu nenhum caso de doença neurológica, paralisia ou doença autoimune.
Onde pode ser encontrada:
• Nas Unidades Básicas de Saúde, a vacina HPV4 está disponível para:
o Meninas e meninos de 9 a 19 anos, 11 meses e 29 dias no esquema de duas doses (0-6 meses);
o Pessoas de 9 a 45 anos nas seguintes condições:
▪ Com HIV/Aids
▪ Transplantados.
▪ Papilomatose respiratória recorrente (PRR)
O que previne:
Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos nas vacinas.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
Sua formulação contém proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a vigilância nos hemisférios Norte e Sul. As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo.
Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina tetravalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B.
Quando a apresentação é monodose (clinica privada), ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose (SUS), como acontece com outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.
Podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção.
Indicação:
Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.
Contraindicação:
Pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose anterior.
Esquemas de doses:
• Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e dose única nos anos seguintes.
• A partir de 9 anos: dose única anual.
• Para menores de 3 anos, no sistema público, o volume a ser aplicado em cada dose é de 0,25 mL. Para as vacinas tetravalente disponíveis no sistema privado, o volume de cada dose é de 0,5 ml em qualquer idade.
• Em situação epidemiológica de risco, como surtos ou aumento da circulação do vírus influenza fora da temporada da gripe (outono e inverno), pode ser considerada uma segunda dose no mesmo ano para os seguintes grupos: idosos, imunodeprimidos e pacientes com doenças crônicas que prejudicam a resposta à vacina e aumentam as chances de quadros graves (diabéticos, pneumopatas, cardiopatas, entre outros). O intervalo em relação à dose anual é de três meses.
• Se disponível e se a composição da vacina for concordante com os vírus circulantes, a vacina utilizada na última temporada no Hemisfério Norte poderá ser recomendada aos viajantes internacionais e brasileiros residentes nos estados do Norte do país, no período pré-temporada de influenza.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.
• Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.
• Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.
Sabe-se que a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode ocorrer por mais de um motivo, mas em raras ocasiões seu surgimento coincidiu com a aplicação de uma vacina – nesses casos, surgiu entre um dia e seis semanas após a vacinação. Com exceção de uma vacina específica para gripe suína de 1976, todos os demais estudos que buscaram relação de causa entre vacinas influenza e SGB obtiveram resultados contraditórios, alguns encontrando essa relação e outros não.
Onde pode ser encontrada:
• Na rede pública, a vacina trivalente está disponível para grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde em função do maior risco de adoecimento e de evolução para quadros graves. Em 2020, são eles: crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), adultos a partir de 55 anos, profissionais da saúde, professores e profissionais de escolas públicas e privadas, população indígena, pessoas com doenças crônicas (como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, imunocomprometidos, entre outras), forças de segurança e salvamento; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, bem como a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
• Nos serviços privados de vacinação, a vacina tetravalente estão disponíveis para pessoas a partir de 6 meses, sem restrições de idade.
O que previnem:
Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.
Do que são feitas:
Existem hoje duas vacinas disponíveis. Ambas são inativadas, portanto, incapazes de causar infecção.
Bexsero®: composta por quatro componentes (três proteínas subcapsulares e vesículas da membrana externa do meningococo B), além de hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção.
Trumenba®: composta por duas proteínas subcapsulares das subfamílias A e B do meningococo B, além de cloreto de sódio, histidina, água para injetáveis, fosfato de alumínio, polisorbato 80.
Indicação:
Bexsero®:
• Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
• Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.
• Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
• Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.
Trumenba®:
• Para adolescentes e adultos jovens de 10 a 25 anos, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
• Para viajantes dentro da faixa etária de licenciamento com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
• Para pessoas entre 10 e 25 anos com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.
Contraindicação:
Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.
Esquema de doses:
Bexsero®:
Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses e um reforço da vacina meningocócica B: aos 3 e 5 meses de vida e entre os 12 e 15 meses. O esquema, no entanto, pode variar de acordo com a idade de aplicação da primeira dose. Entre em contato com nossa equipe para maiores informações.
• Para adolescentes não vacinados anteriormente, a SBP e a SBImrecomendam duas doses com intervalo de um mês.
• Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.
• Grupos de alto risco, como pessoas vivendo com HIV, portadores de asplenia anatômica ou funcional, que tenham deficiência de complemento ou em uso de eculizumabe ou outros medicamentos biológicos que interferem na via do complemento: três anos após completar o esquema, tomar uma dose de reforço.
Trumenba®:
• Para crianças e adolescentes saudáveis entre 10 e 25 anos: duas doses com intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
• Se a segunda dose for aplicada em intervalo menor que seis meses, uma terceira dose deve ser aplicada com intervalo mínimo de quatro meses em relação à segunda dose.
• Para grupos de alto risco para doença meningocócica invasiva (DMI), os esquemas primários, assim como a necessidade de reforços, são diferentes.
Atenção: as vacinas não são intercambiáveis. Se, por qualquer motivo, for aplicado produto distinto do usado anteriormente para qualquer dose do esquema, prosseguir com a próxima dose programada da vacina inicialmente aplicada, com no mínimo de um mês de intervalo em relação à última dose.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação com a Bexsero® pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
• Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
• Evitar aplicação simultânea da vacina Bexsero® com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação.
• A Trumenba® pode ser aplicada simultaneamente com as vacinas dTpa, dTpa-VIP e HPV.
• Ambas as vacinas podem ser aplicadas no mesmo momento em que as vacinas meningocócicas ACWY ou C.
Efeitos e eventos adversos:
Bexsero®:
• Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
• Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.
• Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.
Trumenba®:
• Podem ocorrer (mais de 10% dos vacinados) febre, cefaleia, diarreia, náuseas e vômitos, mialgia e artralgia, cansaço, calafrios e dor, edema e vermelhidão no local da aplicação. Geralmente, são quadros de intensidade leve a moderada e transitórios.
Onde pode ser encontrada:
Nos serviços privados de vacinação.
O que previne
Doenças causadas pelo meningococo C (incluindo meningite e meningococcemia).
Do que é feita
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença .
Contém antígeno formado por componente da cápsula da bactéria (oligossacarídeo) do sorogrupo C conjugado a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM 197. Contém também adjuvante hidróxido de alumínio, manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio e água para injeção.
Indicação
Para crianças e adolescentes.
Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
Contraindicação
Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou a dose anterior.
Esquemas de doses
O PNI disponibiliza três doses da vacina na infância: aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses (podendo ser aplicado até antes de completar 5 s anos), e uma dose na adolescência, entre os 11 e 14 anos (como reforço ou dose única, a depender da situação vacinal). As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam que, além dessas doses, seja feito um reforço entre os 5 e 6 anos.
Para adolescentes não vacinados na infância a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de cinco anos.
Para adultos, somente em situações que justifiquem, em dose única.
A SBIm recomenda que a vacina meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY) seja preferida para crianças, adolescentes e adultos, visto conferir proteção para três outros tipos de meningococos, além do C. Em todas essas faixas etárias, na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a meningocócica C (ver calendários de vacinação: Criança, Adolescente, Mulher, Homem e Idoso).
Via de aplicação
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação
Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos
As reações, quando acontecem, manifestam-se nas primeiras horas após a vacinação e melhoram em cerca de 72 horas. Em mais de 10% dos vacinados ocorrem: vermelhidão, inchaço, dor ou sensibilidade no local da aplicação; dor de cabeça (principalmente em adultos). Em crianças com menos de 2 anos podem ocorrer vômitos, diarreia, inapetência, sonolência e agitação.
Entre 1% e 10% dos vacinados são acometidos por febre maior ou igual a 38°C, irritabilidade, choro intenso (em crianças com menos de 2 anos) e dores musculares.
Muito raramente (em menos de 0,01%) ocorre aumento de gânglios, nódulo no local da aplicação, reação alérgica grave (chiados, inchaço facial, queda da pressão, dificuldade de respiração), tontura, convulsões, flacidez dos músculos, enjoo, dor na barriga, manchas na pele, problemas de rim, dermatite com formação de bolhas na pele, urticária.
Onde pode ser encontrada
Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 3 meses a menores de 5 anos de idade e para adolescentes de 11 e 12 anos, na indisponibilidade da vacina Meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY.
Nos serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos.
Nos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE), para pessoas com algumas condições clínicas específicas de risco para a doença.
O que previne:
Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
Contém antígenos das cápsulas dos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico, diftérico, ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção.
Indicação:
• Para crianças a partir de 2 meses e adolescentes.
• Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica.
• Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
Contraindicação:
Pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.
Esquema de doses:
• As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças e adolescentes. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.
• Para crianças, a vacinação de rotina deve iniciar aos 3 meses de idade com duas doses no primeiro ano de vida (dependendo das recomendações das bulas) e reforços entre 12 e 15 meses, entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.
• Para adultos, dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.
Via de aplicação:
Exclusivamente pela via intramuscular profunda.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
• Pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.
Efeitos e eventos adversos:
• Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.
• As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.
Onde pode ser encontrada:
• Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para adolescentes de 11 e 12 anos.
• Nos serviços privados de vacinação.
O que previnem:
A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.
A vacina pneumocócica conjugada 15-valente (VPC15) acrescenta mais dois sorotipos aos 13 já existentes na VPC13. Hoje, no Brasil, de acordo com nossos dados de vigilância de sorotipos pneumocócicos circulantes, a inclusão destes sorotipos aumenta a prevenção em cerca de 1%, comparando com a vacina VPC13.
Do que são feitas:
São vacinas inativadas, portanto não têm como causar as doenças.
A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.
A VPC15 é composta de 15 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 20, água para injetáveis e alumínio (como adjuvante fosfato de alumínio).
Indicações:
• A SBIm recomenda preferencialmente as vacinas VPC13 ou VPC15 na rotina de vacinação devido à maior proteção oferecida, incluindo contra os sorotipos que mais causam doença pneumocócica no Brasil atualmente.
• Para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema sequencial com as vacinas conjugadas (VPC10, VPC13/VPC15) e polissacarídica (VPP23).
• Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se, como rotina, esquema sequencial de com as vacinas VPC13 ou VPC15 e VPP23.
Contraindicação:
Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente das vacinas ou após dose anterior das vacinas.
Esquemas de doses:
VPC13 ou VPC15
• As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso preferencial das vacinas VPC13 ou VPC15 (sem preferência entre elas) sempre que possível. A incidência dos sorotipos adicionais, especialmente o 3 e o 19A —associados a doença invasiva e resistência a antibióticos e responsáveis, hoje, pela maior parte das doenças pneumocócicas graves no Brasil — têm aumentado no mundo todo.
• Na rotina, o esquema deve ser iniciado aos 2 meses de idade, com três doses (aos 2, 4 e 6 meses) e um reforço entre 12 e 15 meses.
• Em caso de atraso, o esquema dependerá da idade da criança no momento em que a primeira dose de VPC13 ou VPC15 for aplicada:
o Até 6 meses: três doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 3 + 1).
o Entre 7 e 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1).
o Entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses (esquema 1 + 1).
o A partir de 24 meses: dose única.
• Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que aumentam o risco para doença pneumocócica invasiva ainda não vacinados: dose única de VPC13 ou VPC15, complementando a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).
• A partir de 60 anos, a VPC13 ou a VPC15 são recomendadas de rotina, em esquema sequencial com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23): uma dose de VPC13 ou VPC15, uma dose de VPP23 com intervalo de 6 a 12 meses, e outra dose de VPP23 a partir de cinco anos após a anterior.
Intercambialidade: A intercambialidade entre a VPC13 e a VPC15 foi avaliada por ensaio clínico que comparou a quantidade de anticorpos estimulada por esquemas completos de VPC13 e de VPC15 com as estimuladas por esquemas com todas as possibilidades de intercâmbio: três doses de VPC13 e uma de VPC15, duas doses de VPC13 e duas de VPC15 ou uma dose de VPC13 e três de VPC15.
O trabalho concluiu que a concentração de anticorpos específicos após a dose de reforço em todos os esquemas mistos analisados foi adequada e equivalente à verificada com os esquemas completos de VPC13 e de VPC15. A intercambialidade é, portanto, respaldada cientificamente em qualquer ponto do esquema vacinal iniciado com a VPC13.
Entretanto, no caso de intercambialidade com VPC10, para proteção adequada contra os principais sorotipos responsáveis por doença grave (19A e 3), deve ser adotado o esquema completo recomendado para a idade em que a primeira dose de VPC13 ou VPC15 for aplicada.
Via de aplicação:
Para qualquer das duas vacinas, a via de aplicação é intramuscular.
Efeitos e eventos adversos:
• VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorre: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Pode haver, ainda, diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Até 1% dos vacinados apresentam por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia. Entre adultos, mais de 10% podem apresentar diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço); em até 10% ocorrem vômitos e febre e menos de 1% dos vacinados relatam náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.
• VPC15 – As reações adversas mais frequentemente relatadas após cada dose de VPC15 são irritabilidade, febre ≥38°C, sonolência, dor, edema, endurecimento e eritema no local da injeção, diminuição do apetite, irritabilidade. A maioria das reações adversas solicitadas é leve a moderada e de curta duração (≤3 dias). Reações graves ocorreram em até 1,5% dos vacinados (crianças e adultos), mesmo naqueles com condições especiais de saúde. Entre adultos, pode haver dor, eritema e inchaço no local da injeção, fadiga, cefaleia, artralgia mialgia e artralgia também leves e de curta duração (≤ 3 dias).
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Onde podem ser encontradas:
• VPC13 – Serviços privados de vacinação. Nos Centro de Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para algumas situações especiais.
• VPC15 – Nos serviços privados de vacinação.
O que previne:
Doenças causadas por 23 tipos de pneumococos.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta de partículas purificadas (polissacarídeos) das cápsulas de 23 tipos de Streptococos pneumoniae (pneumococo), cloreto de sódio, água para injeção e fenol.
Indicação:
• Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições).
• Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.
• Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.
Contraindicação:
Crianças, adolescentes e adultos que apresentaram anafilaxia causada por algum componente ou dose anterior da vacina.
Esquemas de doses:
• Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC13) — aplicar uma dose da VPP23 seis a 12 meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP23.
• Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) e dor muscular (11,9%). Reações locais mais intensas, com inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.
• Todas as reações adversas são mais frequentes após revacinação em intervalos curtos em relação a doses anteriores. Acredita-se que estejam relacionadas com a presença de grande quantidade de anticorpos no organismo.
Onde pode ser encontrada:
• Nos serviços privados de vacinação.
• Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), para pessoas a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos com condições de saúde especiais que as tornam propensas a ter doença grave causada pelo pneumococo.
O que previne:
Doença diarreica causada por rotavírus.
Do que é feita:
Vacina oral atenuada pentavalente (VRH5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”, sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.
Indicação:
Bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dia. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.
Contraindicação:
Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão; com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.
Esquema de doses:
• VRH5 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2, 4 e 6 meses de idade.
Via de aplicação:
Oral.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Adiar a vacinação em bebês com febre moderada a alta (acima de 38°C) ou diarreia intensa, até que ocorra a melhora desses sintomas. Não há problema se a febre for baixa ou a diarreia de leve intensidade, sem provocar desidratação.
• Bebês de mães portadoras do vírus HIV podem ser vacinados se não tiverem sinais de deficiência imunológica.
• Não há problema em vacinar bebês que convivem com pessoas com deficiência imunológica.
• Não é preciso dar outra dose se o bebê golfar ou regurgitar após tomar a vacina.
• Não há recomendação para cuidados especiais com as fraldas após a vacinação, além da habitual lavagem adequada das mãos.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
• Eventos adversos inesperados ou graves devem ser notificados.
Onde pode ser encontrada:
• Serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 6 semanas a 8 meses de vida.
O que previne:
Do que é feita:
Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba; aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.
No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca).
Indicação:
Crianças, adolescentes e adultos.
Contraindicação:
• Gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.
• A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. Teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.
Esquemas de doses:
• A SBIm considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
• Em situação de risco para o sarampo — surtos ou exposição domiciliar, por exemplo – a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não deve ser considerada como dose válida para o cumprimento do esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses, com intervalo mínimo de 1 mês.
• Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou a combinada SCR-V (tetraviral).
• Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.
• Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem essa dose na rotina.
• Na rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação infantil, a primeira dose desta vacina é aplicada aos 12 meses de idade; e aos 15 meses (quando é utilizada a vacina combinada à vacina varicela). Também são contemplados na vacinação de rotina do PNI as pessoas até 29 anos (duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias) e as pessoas entre 30 e 59 anos (uma dose).
• Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.
Via de aplicação:
Subcutânea.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Pessoas que usaram imunossupressores podem ser vacinadas após a suspenção do tratamento e a reconstituição do sistema imune, a critério médico. Os intervalos mínimos para a administração da vacina variam de acordo com o quadro e o medicamento utilizado.
• Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
• É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
• Febre alta (maior que 39,5ºC), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Algumas crianças podem apresentar convulsão febril, sem consequências graves. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados. Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados a partir de sete a 21 dias de vacinado. Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.
• Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após a vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.
• A associação da vacina com autismo foi totalmente descartada.
• Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foram descritas na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação. Contudo, essa ocorrência contraindica outras doses da vacina tríplice viral.
• Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.
• Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacinação.
• A anafilaxia é muito rara e ocorre quase sempre nos primeiros 30 minutos depois de administrada a vacina. Nesse caso, contraindicam-se doses subsequentes.
Onde pode ser encontrada:
• Nos serviços privados de vacinação, está disponível para a vacinação de crianças, adolescentes e adultos de qualquer idade.
• Nas Unidades Básicas de Saúde, duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos. Eventualmente, em caso de surtos, o Ministério da Saúde (MS) pode realizar campanhas de vacinação para pessoas a partir de 6 meses de vida. Esta dose “extra” não substitui as duas doses recomendadas no esquema de vacinação.
O que previne:
Do que é feita:
Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” da varicela, além de gelatina, traços de neomicina, água para injeção. Não contém traços de proteína do ovo de galinha.
Indicação:
• É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).
• Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.
Contraindicação:
• Pessoas que tiveram anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior, e gestantes.
• Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou tratamento imunossupressor, devem ser consultadas por um médico para a indicação, pois muitas vezes os danos causados pelo adoecimento são maiores que os riscos oferecidos pela vacina.
Esquema de doses:
• O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza uma dose da vacina varicela, aos 4 anos de idade, correspondente à segunda dose do esquema contra varicela. A primeira dose é aplicada aos 15 meses, como parte da vacina tetraviral (SCR-V).
• A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, a vacina SCR-V pode ser usada nas duas doses.
• Para crianças até 12 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
• Em situação de surto na comunidade ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses — essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada. A criança deverá tomar as duas doses de rotina, aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade.
Via de aplicação:
Subcutânea.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Pessoas que usaram imunossupressores podem ser vacinadas após a suspenção do tratamento e a reconstituição do sistema imune, a critério médico. Os intervalos mínimos para a administração da vacina variam de acordo com o quadro e o medicamento utilizado.
• Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma) devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
• A vacina varicela é segura em indivíduos imunocompetentes, com taxa de eventos adversos variando de 5% a 35%. Imunodeprimidos podem apresentar eventos adversos mais intensos, embora raramente graves.
• Em 26% dos vacinados ocorre dor no local da aplicação e em 5% ocorre vermelhidão. Em 1% a 3% podem ser observadas vesículas próximas ao local da aplicação.
• De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema pelo corpo, semelhante às lesões causadas pela varicela, com duas a cinco lesões aparecendo entre cinco e 26 dias após a vacinação. O exantema que surge nas primeiras duas semanas após a vacinação geralmente está associado ao vírus selvagem adquirido antes da vacinação ou antes da
• resposta imune se instalar. Já as lesões que surgem entre duas e sete semanas após a aplicação da vacina são associadas ao próprio vírus vacinal.
Onde pode ser encontrada:
• Nos serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 12 meses de vida, adolescentes e adultos.
• Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para crianças entre 4 e 6 anos de idade. Na falta da vacina quádrupla viral (SCR-V), também é usada para a vacinação de crianças aos 15 meses.
• Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), para pessoas com condições específicas de saúde.
O que previne
Infecção pelas cepas do vírus Influenza, que causa a gripe, contidas nas vacinas.
Do que é feita
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
Assim como as demais vacinas influenza quadrivalentes, é composta por quatro cepas de vírus — definidas anualmente de acordo com orientação da Organização Mundial da Saúde — cultivadas em ovos de galinha embrionados, o que resulta em quantidades mínimas de ovoalbumina na formulação.
A quantidade de antígenos, no entanto, é quatro vezes maior do que a presente nas vacinas quadrivalentes de dose padrão: 60 microgramas de hemaglutinina A (HA) de cada uma das quatro cepas de influenza, em vez de 15 microgramas para cada uma. A característica permite maior proteção para a população a partir de 60 anos de idade, cuja resposta vacinal é pior por causa da imunossenescência e das doenças crônicas.
Também tem na formulação solução tampão isotônica em água para injeção, etoxilato de octilfenol e formaldeído. Não contém antibióticos e timerosal. A apresentação não utiliza látex.
Indicação
Recomendada preferencialmente para todos os adultos a partir de 60 anos de idade, em especial imunocomprometidos.
Contraindicação
Pessoas com alergia grave (anafilaxia) a algum componente da vacina ou a dose anterior.
Esquemas de doses
• Dose única.
• Viajantes para o Hemisfério Norte ou brasileiros que vivem na região Norte do país, a depender da vacina disponível e da compatibilidade com cepas circulantes, podem se beneficiar de uma dose extra da vacina.
Via de aplicação
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação
• Não administrar por via intravenosa, intradérmica ou subcutânea.
• Se há histórico de Síndrome de Guillain-Barré (SBG) em um período de até seis semanas após qualquer vacinação anterior contra a influenza, a decisão de administrar a vacina deve ser do médico assistente.
• Tratamentos ou condições imunossupressoras: a resposta vacinal pode ser prejudicada e cabe ao médico assistente determinar o momento mais oportuno para a vacinação.
• Adotar as precauções adequadas quanto à técnica de administração em indivíduos com distúrbios de coagulação, pelo risco de sangramento.
• Assim como para qualquer outra vacina, a administração deve ser adiada em indivíduos com doença febril aguda grave, mas a presença de uma infecção menor, como resfriado, não deve resultar no adiamento da vacinação.
• Não existem dados sobre a administração simultânea com outras vacinas. A decisão deve ser compartilhada com o médico assistente.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos
• A frequência de eventos adversos após esta vacina é maior em comparação com a vacina quadrivalente de dose padrão, mas nenhuma diferença importante na intensidade dos sintomas foi observada.
• As reações adversas relatada com mais frequência nos estudos de licenciamento foram dor no local da injeção (42,6%), dor muscular (23,8%), dor de cabeça (17,3%) e mal-estar (15,6%). A maioria dos quadros foi resolvida dentro de três dias após a vacinação e teve intensidade leve a moderada.
• No geral, as reações adversas foram menos frequentes em pessoas com 65 anos ou mais do que nas pessoas com 60 a 64 anos.
Onde pode ser encontrada
• Nos serviços privados de vacinação.
O que previne:
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta por polissacarídeos da cápsula da bactéria (Salmonella typhi), fenol, cloreto de sódio, fosfato dissódico diidratado, fosfato monossódico diidratado e água para injeção.
Indicação:
• Crianças a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos que viajam para áreas de alta incidência da doença, em situações específicas de longa permanência e após análise médica criteriosa.
• Profissionais que lidam com águas contaminadas e dejetos.
Contraindicação:
Hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes da vacina.
Esquema de doses:
Uma dose. A vacina confere proteção por três anos, de modo que a revacinação pode ser recomendada após este período, se o risco de adoecimento persistir ou retornar.
Via de aplicação:
Intramuscular ou subcutânea.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Em caso de febre recomenda-se adiar a vacinação até a melhora.
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode ser usada medicação para dor, sob recomendação médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
A vacina febre tifoide causa poucas reações, sendo as mais frequentes relacionadas com o local da aplicação: dor, em 3,6% a 9,4% dos vacinados; vermelhidão, em 2,4% a 5,4%; inchaço, em 1,7% a 1,8%. Outras possíveis reações: febre, em 1,5% a 16,2%; dor de cabeça, em 10% a 7,8%; mal-estar, em 0,9% a 4%; náuseas, em 2,1% a 5%; e coceira, em 1,7% a 1,8%.
Onde pode ser encontrada:
Nos serviços privados de vacinação e centros de atendimento ao viajante.
O que previne:
Meninas e mulheres de 9 a 45 anos:
• Cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina e do ânus causados pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
• Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
• Verrugas genitais (condilomas) causados pelos HPV 6 e 11.
Meninos e homens de 9 a 45 anos:
• Câncer de ânus causado pelos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
• Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58;
• Verrugas genitais (condilomas) causadas pelos tipos de HPV 6 e 11.
Do que é feita:
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção. Não contém conservantes ou antibióticos.
Indicação:
• A vacina está licenciada para todas as pessoas entre 9 e 45 anos.
• A administração da vacina em homens e mulheres fora da faixa etária prevista em bula — especialmente pessoas com comorbidades associadas a imunocomprometimento e homens que fazem sexo com homens — traz benefícios e deve ser avaliada pelo médico.
Contraindicação:
Gestantes e pessoas que apresentaram hipersensibilidade grave (anafilaxia) após receber uma dose da HPV9 ou HPV4 ou a algum de seus componentes.
Esquemas de doses:
A idade do início da vacinação determina o esquema:
• Meninas e meninos de 9 a 19 anos, 11 meses e 29 dias: duas doses, com seis meses de intervalo (0-6 meses);
• A partir de 20 anos: três doses (0-2-6 meses);
• Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade: três doses (0-2-6 meses).
• A MSD, fabricante das vacinas HPV, mantém suas recomendações nas indicações e esquemas que estão na bula das vacinas.
Via de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação;
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora;
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação;
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
A HPV9 demonstrou bom perfil de segurança, embora o risco de eventos adversos tenha sido um pouco aumentado na comparação com a vacina HPV4. Os eventos mais comumente observados são dor, inchaço, vermelhidão, prurido e hematoma no local da injeção, cefaleia, febre, náusea, tontura e fadiga.
Onde pode ser encontrada:
Nos serviços privados de vacinação.
O que previne:
Sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
Do que é feita:
Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola, da caxumba e da varicela (catapora), lactose anidra, sorbitol, manitol, aminoácidos, traços de neomicina e água para injeção. Contém traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.
Indicação:
• Há duas vacinas disponíveis no Brasil:
o A vacina SCR-V do laboratório MSD está licenciada para crianças e adolescentes até 12 anos. Recomenda-se em substituição às vacinas tríplice viral (SCR) e varicela, quando a aplicação das duas for coincidente;
o A vacina SCR-V do laboratório GSK está licenciada para pessoas a partir de 6 meses de idade. Recomenda-se em substituição às vacinas tríplice viral (SCR) e varicela, quando a aplicação das duas for coincidente;
• O Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou a vacina SCR-V aos 15 meses, como segunda dose do esquema da SCR e primeira dose do esquema da varicela.
Contraindicação:
• Gestantes; pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação; história de anafilaxia após dose anterior da vacina ou a algum componente.
• A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. O teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, recomenda-se que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.
Esquemas de doses:
• A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) considera protegido contra as quatro doenças todo indivíduo que recebeu duas doses a partir dos 12 meses de idade. Como a vacina contém o componente varicela, os intervalos mínimos a serem respeitados entre as doses são de três meses, para crianças e adolescentes até 12 anos, e de um mês, a partir de 13 anos de idade;
• A SBIm e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam na rotina uma dose aos 12 meses e outra entre 15 e 24 meses de idade, podendo a vacina SCR-V ser substituída pelas vacinas tríplice viral (SCR) e varicela.
• O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza na rotina uma dose da vacina SCR-V aos 15 meses. A segunda dose da varicela é aplicada aos 4 anos de idade, com a vacina varicela isolada
• Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora) são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.
Efeitos e eventos adversos:
• Após a primeira dose, 22% dos indivíduos vacinados com a SCR-V têm risco de apresentar febre. Esse percentual cai para 15% quando da aplicação das vacinas em separado. O risco de convulsão febril é discretamente mais alto após a primeira dose, quando é feita com a vacina SCR-V, em comparação com as vacinas separadas, o que equivale a um caso a mais para cada 2.500 crianças vacinadas. Na segunda dose de SCR-V, essas diferenças não acontecem e a quantidade de eventos adversos é a mesma após a vacinação com uma ou outra apresentação.
• Em 3% dos vacinados aparecem erupções na pele semelhantes às do sarampo. Esses sinais se instalam de cinco a 12 dias após a vacinação e desaparecem em poucos dias sem deixar sequelas.
• As reações locais acontecem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
• Febre alta (maior que 39,5°C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Nesse caso, crianças predispostas podem apresentar convulsão febril, sem consequências.
• Em 0,5% a 4% dos vacinados também ocorrem dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza, de cinco a 12 dias após a vacinação.
• Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, durando em torno de dois dias, aparecem em 5% dos vacinados.
• Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados entre sete a 21 dias após a vacinação.
• Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.
• Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.
• A associação da vacina SCR-V com autismo está descartada.
• Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foram descritas na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação, mas sua ocorrência contraindica doses subsequentes.
• Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacina.
• A anafilaxia é muito rara e ocorre com mais frequência nos primeiros 30 minutos, o que contraindica doses subsequentes.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Pessoas que usaram imunossupressores podem ser vacinadas após a suspenção do tratamento e a reconstituição do sistema imune, a critério médico. Os intervalos mínimos para a administração da vacina variam de acordo com o quadro e o medicamento utilizado.
• Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.
Onde pode ser encontrada:
• Nos serviços privados de vacinação, para pessoas a partir de 12 meses.
• Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 15 meses.