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Quais são e como funcionam as vacinas testadas atualmente #Covid-19



Eficácia, imunidade, vírus inativado... esses são apenas alguns dos termos que antes eram restritos apenas à comunidade científica, e atualmente estão bombando nas redes sociais e notícias de televisão devido à pandemia de COVID-19. As pesquisas e testes estão a todo vapor, a cada momento as informações são atualizadas. Se você é um dos que está perdido dentro desse "mar de letrinhas complicadas", vem que vamos te explicar de uma vez por todas como funcionam as principais vacinas contra o coronavírus.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS VACINAS?


1) CORONAVAC (Sinovac)

A queridinha do Brasil, produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantam, é a CoronaVac. Ela possui uma eficácia global de 50,38% para todos os casos, 78% para os casos sintomáticos e 100% contra casos moderados, graves e mortes! Mas o que isso significa? Para entender o que é eficácia, basta trocar a palavra por proteção. Possuir 100% de proteção contra casos graves quer dizer que entre todas as pessoas vacinadas, nenhuma delas precisou de internação hospitalar ou ficou em estado grave. Foi testada em cerca de 13.000 voluntários no Brasil, e em outros países como a China, Indonésia, Turquia, Bangladesh, Filipinas, Arábia Saudita e Chile e já está sendo distribuída no Brasil para profissionais da saúde, idosos acima dos 75 anos e indígenas.

2) ASTRAZENECA

A associação entre a biofarmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford criou a vacina denominada AZD1222. Ela foi testada em 11.636 voluntários no Brasil e no Reino Unido, e possui uma eficácia de 62% a 90%, dependendo da dosagem. Também realizou as fases 2 e 3 de forma combinada, e possui aprovação para uso emergencial na Argentina, México, Índia, Reino Unido e Brasil. As aplicações também são em 2 doses, com 4 semanas de intervalo. No Brasil, também houve aprovação para uso emergencial dessa vacina, que será produzida em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas suas doses devem demorar mais alguns meses para serem distribuídas no país.


3) SPUTNIK V

A vacina Sputinik V também ganhou grande destaque na mídia, por ser a primeira vacina registrada NO MUNDO. No entanto, ela havia sido registrada antes dos resultados finais da fase 3 de testes serem concluídos, e o governo russo retirou a declaração. Os estudos finais após testes em 40.000 russos encontraram uma eficácia de 91,4% segundo o Gamaleya Research Institute, onde foi produzida, e a vacina já está sendo disponibilizada para a população em 2 doses, com 3 semanas de intervalo.


4) COMIRNATY (Pfizer/BioNTech)

Fabricada pela farmacêutica Pfizer e mais conhecida por esse nome, a Comirnaty realizou as fases 2 e 3 de testes de forma combinada, e encontrou 95% de eficácia entre os 43.661 voluntários entre os Estados Unidos, Brasil, Argentina, Alemanha, Turquia e África do Sul. Para a disponibilização para a população, ela já teve aprovação emergencial em diversos países, como a Argentina, Canada, Chile, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Singapura, Kuwait e Jordânia. No dia 8 de dezembro de 2020 começou a ser aplicada em pessoas do Reino Unido e no dia 14, dos Estados Unidos. As aplicações são em 2 doses, com 4 semanas de intervalo.


5) MODERNA

A mRNA-1273, a vacina da empresa Moderna, foi a segunda vacina a ser autorizada pelo FDA (Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), logo após a Comirnaty (Pfizer/BioNTech). Ela possui uma eficácia de 94,5% (30.000 voluntários estadunidenses) e é aplicada em 2 doses, com 4 semanas de intervalo. Já está sendo distribuída nos Estados Unidos, e as aplicações tiveram início no dia 20 de dezembro.


6) COVAXIN

A Covaxin é a vacina da empresa indiana Bharat Biotech, e está realizando a fase 3 dos testes, mas na Índia já teve o seu uso emergencial aprovado desde o dia 3 de janeiro. A sua porcentagem de eficácia ainda é desconhecida, mas os resultados até agora divulgados comprovam que não possui efeitos colaterais graves e estimula a produção de anticorpos contra o coronavírus. As aplicações são feitas em 2 doses, com 4 semanas de intervalo. Essa é a vacina com maior probabilidade de ser distribuída pela rede privada no Brasil, segundo o ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas). A Bharat Biotech deve pedir o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no próximo mês.


E COMO CADA UMA DELAS FUNCIONA?

Todas as vacinas estimulam o sistema imunológico a ser capaz de reconhecer e se defender contra o coronavírus (SARS-CoV-2) de forma mais rápida e eficaz, sem causar a doença. O que muda, é o modo como elas fazem isso. Podemos dividi-las em 3 principais formas de atuação: Vírus Inativado (CoronaVac e Covaxin), Adenovírus (AstraZeneca e Sputnik V) e RNA Mensageiro (Moderna e Pfizer).


ADENOVÍRUS (AstraZeneca e Sputnik V)

Vacinas de Adenovírus, também chamadas de vetores virais, utilizam um tipo diferente de vírus como meio de transporte. Como um carrinho, o vírus modificado presente na vacina é inofensivo e entra nas células do corpo, onde "entrega" informações sobre como produzir o material genético do coronavírus. Com isso, as células emprestam a sua maquinaria e produzem um pedacinho do coronavírus, uma proteína chamada Spike. Após produzida, tal proteína é levada para a superfície da célula, onde é reconhecida pelo sistema imunológico. O corpo entende que aquilo não pertence à célula, o que estimula as nossas células de defesa a criarem anticorpos, moléculas que desencadeiam a ativação dos mecanismos de defesa contra o coronavírus. Dessa forma, caso entre em contato com o vírus de verdade, o sistema imune já estará preparado para combatê-lo.


RNA MENSAGEIRO (Moderna e Pfizer)

Ao contrário do que muitos pensam, a vacina de RNA Mensageiro não pode editar o nosso DNA. Ela funciona com o mesmo princípio da vacina de adenovírus: o RNA mensageiro presente na vacina é um pedaço de material genético, onde estão escritas as instruções para se produzir a proteína Spike citada anteriormente. A diferença é que ele não precisa de um vírus que o carregue para dentro das células. Essa é a categoria de vacina mais moderna.

VÍRUS INATIVADO (CoronaVac e Covaxin)

Esse tipo de vacina é feito a partir do próprio micro-organismo, seja ele vírus ou bactéria, para o qual se busca imunização. Mas fica o questionamento, como não causa a doença? Isso é possível, pois o vírus é INATIVADO, ou usando outras palavras, morto. Para causar a doença, o vírus precisa entrar nas células e se reproduzir. Com a inativação, ele perde essa capacidade, mas pode estimular a resposta do sistema imunológico, da mesma forma que a proteína Spike. Essa técnica já é utilizada a mais de 70 anos nas vacinas da hepatite A, a gripe e a poliomielite (na versão injetável).

Ficou alguma dúvida? Entre em contato com a gente. Conte com a Vacinar para proteger e informar você e a sua família!


Informações atualizadas no dia 21/01/2021.

♡ Vacinar faz bem!

Fontes:

– The New York Times, Vaccine Tracker, Updated Jan. 19, 2021.

– CDC Centers for Disease Control and Prevention

– CNN Brasil.

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