Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre o herpes-zóster, mas com toda certeza já ouviu o seu nome mais popular: “cobreiro”.
O cobreiro é uma doença viral provocada pelo mesmo vírus que causa a varicela (popularmente chamada de catapora), o vírus varicela-zóster.
É uma doença muito comum. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), estima que 1 em cada 3 pessoas nos Estados Unidos desenvolve herpes-zóster durante a vida.
O vírus pode ficar latente, ou seja, adormecido por muitos anos e ser reativado sob condições ainda desconhecidas. Mas, pode acontecer quando o sistema imunológico está enfraquecido. É bem comum que isso ocorra após os 50 anos de idade, mas todos que tiveram catapora, são portadores e podem ativar o vírus em qualquer idade.
Quer aprender um pouco mais sobre a doença? Então continue lendo!
Como ocorre a transmissão?
Uma pessoa que nunca teve catapora, pode se infectar através do fluido das bolhas, presentes na lesão da pele de uma pessoa infectada com herpes-zóster.
Se essa pessoa não tiver sido vacinada contra catapora, primeiro ela desenvolverá catapora e não herpes-zóster. Como dito anteriormente, a partir dessa primeira infecção, a qualquer momento, o vírus pode reativar e esse indivíduo desenvolve herpes-zóster.
Quais são os sintomas?
As erupções na pele são mais frequentes na cintura, peito, abdômen e costas e normalmente ocorrem em somente um lado do corpo. O vírus afeta um nervo próximo à medula espinhal, por isso, os sintomas ocorrem em regiões específicas e não no corpo todo.
O envolvimento do nervo causa a dor. É possível ter dor sem lesões na pele, assim como as erupções podem vir acompanhadas de dor, febre, calafrio e dores de cabeça.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser feito por meio de:
Exame físico: avalia as lesões e as bolhas da pele;
Coleta de fluido da erupção: verifica a presença do vírus; e
Exame de sangue: procura anticorpos contra o vírus.
Qual o tratamento?
Para diminuir a gravidade da infecção, é necessário procurar um médico logo após o início dos sintomas, em especial pessoas com 60 anos ou mais.
O tratamento é feito com medicamentos antivirais que impedem que o vírus se multiplique. Além disso, o tratamento diminui as complicações, reduz a duração dos sintomas e diminui o risco da erupção voltar.
Como as lesões na pele causam muita coceira, o CDC recomenda:
Utilizar uma loção de calamina, que é uma mistura de óxido de zinco com óxido férrico que diminui a coceira;
Tomar banho morno de aveia, que ajuda a tratar a pele e a dor; e
Colocar um pano úmido e gelado no local das lesões para diminuir o desconforto.
Existem vacinas?
Sim! Existem vacinas tanto para catapora, quanto para o herpes-zóster; essa é a melhor forma de se PROTEGER contra as doenças.
Catapora
As crianças devem se vacinar contra a catapora na infância. Duas doses da vacina (a primeira aos 15 meses e a segunda, aos 4 anos) garantem proteção de 90%. A proteção contra a catapora também protege contra o herpes-zóster. Você pode ler mais sobre isso nesse nosso outro artigo aqui.
Herpes-zóster
Para pessoas com 50 anos ou mais e que já tiveram catapora, é aconselhado a imunização com a vacina para herpes-zóster.
A vacina herpes-zóster inativada recombinante (Shingrix), tem eficácia de mais 90%, sendo recomendada para pessoas com mais de 50 anos e imunocomprometidos acima dos 18 anos. São recomendadas duas doses com intervalo de 2 meses.
Pacientes que já apresentaram quadro de herpes-zóster também podem receber a vacina inativada recombinante, a recomendação é que a imunização seja feita 6 meses após o episódio de cobreiro.
Pessoas que já receberam a vacina atenuada também devem ser vacinar, respeitando um intervalo mínimo de dois meses entre a vacinação.
A vacinação continua sendo a forma mais eficiente de se proteger. Tanto a vacina para catapora (varicela), quanto a de herpes-zóster (Shingrix) estão disponíveis aqui na Vacinar. Qualquer dúvida, entre em contato conosco!
💗 Vacinar Faz Bem
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